Meu problema com natal é coisa antiga. Tudo começou quando eu pedi um Autorama para papai noel e ele me deu cuecas. Eu perguntei para minha mãe porque papai noel não tinha me dado um Autorama, e ela disse que papai noel estava ficando velho e que provavelmente tinha trocado a minha carta com a carta de algum outro Matheus.
Na segunda feira, quando eu fui para o colégio, eu ouvi o outro Matheus da minha turma (mas todo mundo pensava que ele era o único, porque só me chamavam se Sobral) dizendo que tinha ganhado um Autorama de papai noel. Em qualquer outra situação isso não seria um problema, até porque, naquele tempo, todo mundo queria um Autorama; acho que metade dos meninos da minha turma tinham ganhado um Autorama também. Mas, graças a minha mãe, eu pensei que o outro Matheus - três vezes maior que eu, na altura e na largura - tinha ganhado o meu Autorama por engano, e eu estava com as cuecas dele.
E lá fui eu, feliz e saltitante, pensando estar prestes a desfazer um grande mal entendido, e crente de que o outro Matheus estava realmente frustrado por não ter ganhado as cuecas branca, preta e cinza que ele tanto queria. Eu contei pra ele o que tinha acontecido; disse que a gente podia trazer os presentes no dia seguinte para destrocar. Foi aí que o outro Matheus riu de mim. E os "pagadores-de-pau" do outro Matheus riram de mim. E as meninas mais bonitas da sala, também "pagadores-de-pau" do outro Matheus, riram de mim. Eu fiquei tão envergonhado, que acho que fui diminuindo até ficar invisível, porque quando pararam de rir, passaram a ignorar minha presença. Um murro teria doído menos. Cheguei em casa chorando e contei para minha mãe. Sabe o que minha mãe fez? RIU de mim (é meu carma) e me contou que papai noel não existia, e que ela tinha me dado as cuecas porque já tinha elas guadadas e não tinha tido tempo de comprar o Autorama. Agora não dava pra ela ter contado isso antes?
Mas esse foi só o começo. É obvio que a minha família não me deixaria esquecer de uma história como essas. Por isso todo natal eu ganho cuecas, e todo mundo se reúne em volta da mesa para relembrar a história do dia em que Matheus foi tirar satisfações com outro Matheus porque pensou que papai noel tinha trocado as cartas.
Eu sei, eu sei, podem rir de mim.
Na segunda feira, quando eu fui para o colégio, eu ouvi o outro Matheus da minha turma (mas todo mundo pensava que ele era o único, porque só me chamavam se Sobral) dizendo que tinha ganhado um Autorama de papai noel. Em qualquer outra situação isso não seria um problema, até porque, naquele tempo, todo mundo queria um Autorama; acho que metade dos meninos da minha turma tinham ganhado um Autorama também. Mas, graças a minha mãe, eu pensei que o outro Matheus - três vezes maior que eu, na altura e na largura - tinha ganhado o meu Autorama por engano, e eu estava com as cuecas dele.
E lá fui eu, feliz e saltitante, pensando estar prestes a desfazer um grande mal entendido, e crente de que o outro Matheus estava realmente frustrado por não ter ganhado as cuecas branca, preta e cinza que ele tanto queria. Eu contei pra ele o que tinha acontecido; disse que a gente podia trazer os presentes no dia seguinte para destrocar. Foi aí que o outro Matheus riu de mim. E os "pagadores-de-pau" do outro Matheus riram de mim. E as meninas mais bonitas da sala, também "pagadores-de-pau" do outro Matheus, riram de mim. Eu fiquei tão envergonhado, que acho que fui diminuindo até ficar invisível, porque quando pararam de rir, passaram a ignorar minha presença. Um murro teria doído menos. Cheguei em casa chorando e contei para minha mãe. Sabe o que minha mãe fez? RIU de mim (é meu carma) e me contou que papai noel não existia, e que ela tinha me dado as cuecas porque já tinha elas guadadas e não tinha tido tempo de comprar o Autorama. Agora não dava pra ela ter contado isso antes?
Mas esse foi só o começo. É obvio que a minha família não me deixaria esquecer de uma história como essas. Por isso todo natal eu ganho cuecas, e todo mundo se reúne em volta da mesa para relembrar a história do dia em que Matheus foi tirar satisfações com outro Matheus porque pensou que papai noel tinha trocado as cartas.
Eu sei, eu sei, podem rir de mim.
Desculpe, Matheus...
ResponderExcluirMas eu ri também. Só da situação, é claro.
Eu lembro quando criança eu esperava ansiosa pela chegada do bom velhinho, acho que me contaram que ele não existia depois dos 11 anos, escrevia cartinhas e tudo mais. E ele sempre comparecia.
Sabe, às vezes eu ainda tenho a esperança de que ele exista de verdade. Só que na minha casa não tem chaminé, tsc. Então ele não me visitará.
Beijo =*
Ri, mas achei gracinha.
ResponderExcluirPapai Noel sempre trocou minhas cartas também.
Brigada pelo comentário :*
ri também. ri de perder o fôlego.
ResponderExcluirótimos textos, matheus. q delícia encontrar um blogue assim! parabéns!
melhor cuecas do que falsidades dos outros
ResponderExcluirganhar cuecas é um mal de toda família...
ResponderExcluircomecei a não achar muita graça no natal, quando eu vi que estava ficando velha e ninguém mais me dava presentes... só para as minhas primas mais novas...
Desculpa Matheus, mas eu ri!rs
ResponderExcluirMas sim, velho, que sacada a do seu comentário. Acho que é meio como eu me sinto quando solto algumas palavras, andando pelada no meio de uma avenida engarrafada. Tendo que pensar na minha falta de jeito para andar, nas pessoas me olhando curiosas ou cheias de repudia e tudo mais. Complicado, não é? É por isso que às vezes (muitas, na verdade), essa caminhada trava, e eu prefiro ficar em casa enrolada no cobertor.
otiiiii mãe...hahahahahahaha, eu tentei me controlar, mas é que ô môdeusu do céu.olha, pelo menos você teve uma infancia com papai noel, e eu que sempre soube que ele não existia. snifs, snifs, muitos snifs...
ResponderExcluirei, tava pra dizer que eu adoro teu perfil, acho lindo demais tu dizer que teu blog é tua grande fita vermelha!
beijos Matheus.
HSSOAOSAHSOAHSOAHOSHASOHAS
ResponderExcluirCara, fazia muito tempo que eu não ria tanto com um post hahahaha.
Papai noel tbm trocou meus presentes uma vez (uma máquina de fazer sorvete da eliana por uma sky) mas quando eu perguntei porque, meu irmão disse:
- ow, sua idiota, papai noel não existe.
e destruiu meus sonhos.
._.
Eu tava clicando pra abrir os blogs com atualizações recentes, quando cliquei no teu pensei "gosto tanto do blog/e de matheus, tão engraçado aquele cara" e tu me vem com um post assim. Eu ri na parte da desculpa esfarrssss que tua mãe contou, mas que sacanagem porra. Tadinho de você, imagino matheusinho pequeno desiludido.
ResponderExcluirVou fazer um desenho bonito e te enviar de natal, pode? Fica feliz!
haha, eu ri também! (e muito)
ResponderExcluirEnfim, também nunca gostei muito de Natal não, minha mãe até me chama de Grinch.
'A pureza da resposta das crianças...' faz rir sim, mas mais pela inocência do que qualquer outra coisa... inocência é coisa bonita.
ResponderExcluirBeijos doces
Não pude evitar, Matheus, meu conterraneo.. HAUHSAUSHAUSHA Ri de vc tbm ;x
ResponderExcluirNão sou muito ligada no Natal, mas nunca passei por situações do tipo.. É só pq acho natal um saco mesmo! :P
Enfim...
www.conteudosuspenso.blogspot.com
Eu adoro rir das suas desgraças!
ResponderExcluirahauahuhsuahushaushaushuaa
Minha mãe até hoje tem o trabalho de embrulhar presente de natal só pra convencer minha irmã de que papai noel existe. Eu nunca cai nessa Q
ResponderExcluirUm beijo.
Não tem como não rir da história...
ResponderExcluirMas essas histórias que a família faz questão de "re-contar" todo ano se tornam um porre! hehe
Não.
ResponderExcluirFaz o teu aí também =D
O Andrey fez o dele e o Alan Félix está escrevendo. Assim que postar me aviso.
O lance é: paixão avassaladora, noite quente e cama vazia, desilusão.
Beijo.